A Orquestra Jazz de Matosinhos (OJM) vai, no domingo, subir ao palco da Casa da Música, no Porto, acompanhada pelo pianista norte-americano Fred Hersch, considerado, já em 2016, o melhor pianista do ano do género.

A distinção foi atribuída pela Associação de Jornalistas de Jazz nos seus prémios anuais, que galardoou aquele que o New York Times, em 2010, classificou como o “em grande parte ignorado inovador de um jazz individualista, sem fronteiras — de um jazz para o século XXI”.

Hersch formou uma série de músicos que também já influentes como Brad Mehldau ou Jason Moran, este último tendo chegado a dizer, como cita a OJM, que “Fred Hersch ao piano é como LeBron James no ringue de basquetebol”, ou, numa só palavra: “perfeição”.

O pianista foi até objeto de um documentário, realizado por Charlotte Lagarde e Carrie Lozano e lançado este ano, que se descreve como um “retrato íntimo de um dos mais destacados pianistas e compositores de jazz e o seu extraordinário trabalho”, realçando que “a sua marcante história como sobrevivente de SIDA e homem abertamente homossexual revela uma jornada musical improvável e um irreprimível mestre americano”.

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Desde o diagnóstico como seropositivo em 1986 Hersch gravou e atuou sem interrupções até 2008, como conta numa entrevista à revista HIV Positive, quando passou pelo que classificou como um “inferno médico”.

“[Fred Hersch] junta-se agora à Orquestra Jazz de Matosinhos em duas noites que se adivinham inesquecíveis, no Festival de Jazz de Barcelona e na Casa da Música do Porto. O programa é inteiramente preenchido com arranjos de Pedro Guedes, Carlos Azevedo e Mike Holober sobre composições do próprio Hersch, nascidas algures entre o final dos anos 80 e o novo milénio”, realçou a OJM.

O concerto de domingo realiza-se às 21h00.