As receitas dos casinos de Macau subiram em novembro pelo quarto mês consecutivo, alcançando 18.788 milhões de patacas (2.216 milhões de euros). Segundo os dados da Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ), publicados esta quinta-feira, as receitas dos casinos subiram 14,4% em novembro, na comparação anual homóloga (com novembro de 2015).

Trata-se do primeiro crescimento a dois dígitos, depois das subidas registadas em outubro (8,8%), setembro (7,4%) e agosto (1,1%), após 26 meses consecutivos de quedas anuais homólogas da indústria do jogo, o motor da economia de Macau.

Em termos acumulados, ou seja, nos primeiros 11 meses do ano, os casinos tiveram receitas de 203.395 milhões de patacas (24.002 milhões de euros), menos 4,3% em comparação com igual período do ano passado.

O valor ultrapassa o previsto para todo o ano pelo Governo — que, regra geral, é conservador nas estimativas — de que o setor do jogo iria fechar 2016 com receitas de 200.000 milhões de patacas (23.601 milhões de euros).

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Arrastada pelo desempenho do setor do jogo, a economia de Macau entrou em queda no terceiro trimestre de 2014, ano em que, pela primeira vez desde a transferência do exercício de soberania de Portugal para a China, em 1999, o Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu (-1,2%, segundo dados oficiais revistos publicados no mês passado).

Em 2015, o PIB caiu 21,5% e nos primeiro e segundo trimestres deste ano voltou a contrair-se 12,4% e 7%, respetivamente, na comparação homóloga com 2015, segundo os dados revistos.

Ao fim de dois anos de contração, a economia de Macau voltou a crescer no terceiro trimestre, terminado em setembro, com o PIB a aumentar 4% face ao mesmo período de 2015.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou em outubro que o PIB de Macau irá cair 4,7% este ano, uma contração menor do que os 7,2% estimados em abril.

Já no próximo ano espera que a capital mundial do jogo regresse ao crescimento (0,2%).