A Procuradoria-Geral da República recebeu este ano 1.239 denúncias, das quais 371 por alegados casos de fraude fiscal, 51 por corrupção e 35 por peculato, segundo dados a que a agência Lusa teve acesso.

Os dados, disponibilizados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), referem-se ao total de denúncias recebidas até 31 de outubro através da plataforma de denúncias de atos de corrupção e fraude, disponível na sua página na internet.

Este ano foram recebidas 1.239 denúncias de vários tipos de crimes, que deram origem à abertura de 139 inquéritos e 661 arquivamentos. Foram igualmente realizadas 28 averiguações preventivas e enviadas 385 denúncias a outras autoridades.

Das 1.239 queixas feitas pelos cidadãos, destaque para alegados factos de burla com fraude bancária (15), abuso de autoridade (65), outros crimes cometidos no exercício das funções públicas (69) e fraude contra a segurança social (24).

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No total foram recebidas 796 denúncias anónimas, sem qualquer dado de identificação do denunciante e 229 queixas não integravam qualquer crime.

Desde 2010, a plataforma na internet da PGR já recebeu 10.507 denúncias, que determinaram a abertura de 1.463 inquéritos e 6.763 arquivamentos.

Para o Ministério Público, “este canal de denúncias tem-se revelado mais uma ferramenta útil à investigação”, já que desencadeia novos processos e, “em certas situações, fornece elementos complementares relativamente a inquéritos já existentes”, no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e nos diversos Departamentos de Investigação e Ação Penal (DIAP).

No dia 09 de dezembro assinala-se o Dia Internacional contra a Corrupção e na segunda-feira realiza-se em Lisboa uma conferência Internacional denominada “Corrupção: Um Combate de Todos para Todos”, organizada pela PGR e com a presença da ministra da Justiça.