“Não se explica que a menos de um mês da tragédia de Caphirizange [em Tete], os camionistas se envolvam ainda na venda ilegal de combustível”, afirmou Paulo Auade, citado pela imprensa local moçambicana, depois de ter surpreendido na passada sexta-feira um automobilista a retirar combustível de um veículo de longo-curso.

O governador constatou o negócio ilegal quando regressava de Mutarara (Tete), numa visita de trabalho, e mandou parar a sua comitiva, ao ver combustível a ser retirado do tanque do camião para bidons de vinte litros, descreveu o Diário de Moçambique.

São vocês que criam problemas nas estradas. Portanto, vamos falar com o teu patrão para tomarmos as medidas, porque esta situação não pode continuar”, disse Paulo Auade ao camionista.

Quando foi abordado pelo governador, o camionista, de nacionalidade moçambicana, recusou que estivesse a traficar combustível.

Estou a sair da Beira com esta carga para Mutarara. Quando cheguei aqui vi que o combustível deste tanque não ia chegar a Mutarara, por isso parei e pedi bidões à população para poder fazer a transferência”, explicou.

O governador insistiu que “medidas urgentes devem ser tomadas, para que na província não continuem a ocorrer mortes como aconteceu há pouco em Caphiridzange”. Há três semanas 102 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na explosão de um camião-cisterna com matrícula do Malaui, num roubo coletivo de combustível, na localidade de Caphirizange, no distrito de Moatize.

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