As árvores que encontramos dispersas pelas cidades podem, ao contrário do que inicialmente pensado, piorar o ar que respiramos. A afirmação é do Quartz que cita um relatório da instituição britânica National Institute for Health and Care Excellence (NICE).

No respetivo documento — que pode ser considerado um guia de diretrizes, divulgado no início de dezembro — lê-se que a qualidade do ar em avenidas com maior predominância de árvores pode ser pior ao nível da estrada, no sentido em que os veículos emitem poluentes cuja ventilação é restringida pelas copas das árvores:

É pouco provável que as árvores [ajudem] a reduzir a poluição aérea na maior parte das ruas, sendo que podem até, em alguns casos, piorar [a poluição]. Folhas e ramos reduzem as correntes de ar, fazendo com que os poluentes assentem”.

O mesmo artigo refere que o Reino Unido tem tentado melhorar a sua qualidade do ar, sendo que a poluição provoca cerca de 40 mil mortes prematuras por ano. Algumas sugestões do relatório do NICE, que estão em linha de conta com essa preocupação passam por encorajar as pessoas a andar a pé e de bicicleta, além da promoção do uso veículos elétricos com emissões zero.

Só em Portugal, a poluição do ar causou mais de 6.000 mortes em 2012, segundo a Agência Europeia do Ambiente. Ainda assim, um outro estudo sugere que a qualidade do ar na área metropolitana de Lisboa melhorou nos últimos 30 anos, ainda que a Avenida da Liberdade continue a ser a zona mais problemática da capital.

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