Um avião da Companhia Aérea Internacional do Paquistão despenhou-se, depois de ter perdido contacto com a torre de controlo. O avião, que tinha 47 pessoas a bordo, perdeu-se depois de ter levantado voo a partir de um aeroporto a norte de Chitral, Paquistão, a caminho de Islamabad. Não há sobreviventes. A notícia está a ser avançada pelos canais de televisão paquistaneses. A bordo do avião estava Junaid Jamshed, um cantor pop paquistanês bastante famoso na televisão que recentemente se converteu num padre muçulmano. É também dono de uma marca de roupa “J.” (lê-se Jay Dot). A mulher também viajava com ele.
Junaid Jamshed. Créditos: Patheos
De acordo com Laiq Shah, polícia sénior da província de Khyber-Pakhtunkhwa, o avião do voo PK-661 caiu perto do aeroporto de destino, junto à cidade Havelian. Tudo indica que o piloto perdeu o controlo do aparelho ao sobrevoar a cidade de Abbottabad, numa zona montanhosa perto da fábrica da Ordinance a 10 minutos do destino. A confirmar-se esta informação, o avião não terá atingido nenhuma zona com residências. Testemunhas oculares dizem ver uma nuvem espessa de fumo na zona de embate.
https://twitter.com/AirportPakistan/status/806474867620990977?ref_src=twsrc%5Etfw
O comunicado da companhia aérea confirma o desaparecimento e avança que o avião estava a ser comandado por Saleh Janjua e pelo co-piloto Ahmed Janjua. A tripulação terá enviado um aviso de socorro pouco antes de desaparecer dos radares. O aparelho era uma aeronave ATR-42 com uma capacidade máxima de 50 pessoas, confirma o porta-voz da empresa, Danyal Gilani.
Há 500 militares de resgate e helicópteros no local. A bordo do avião estavam 42 passageiros e cinco membros da tripulação. Os corpos foram transportados para o Centro Médico de Ayub, nas proximidades do local do acidente.
Créditos: Radio Universal/ Twitter
Voos da PIA estiveram proibidos na Europa
A 10 de julho de 2006, o voo doméstico 688 da companhia aérea paquistanesa sofreu um acidente no percurso de Multan para Lahore e para Islamabad. A aeronave Fokker F27 caiu num descampado quando os dois motores deixaram de funcionar pouco depois de levantar voo, resultando na morte das 41 pessoas a bordo. Foi o acidente de aviação mais mortífero do país até 2010, quando um Airbus A321 de outra companhia aérea se despenhou nas montanhas Margalla (Islamabad) com 146 pessoas a bordo.
Os relatórios do acidente concluíram que os dois motores falharam pouco depois de levantarem voo, mas que o avião se despenhou por falta de perícia por parte do piloto. Em março de 2007, a Comissão Europeia proibiu quase toda a frota da PIA de passar pelo espaço aéreo europeu porque os aviões – com exceção de nove – eram demasiado antigos. Esta foi a informação prestada por Federico Grandini, o Administrador de Segurança Aérea da Comissão Europeia, após uma visita à sede da companhia paquistanesa. A proibição levou na época à demissão do presidente da empresa, Tariq Saeed Kirmani, que foi substituído por Zafar Khan.
Em julho de 2007, a proibição foi levantada após nova avaliação da Comissão Europeia. A partir de novembro, toda a frota da Companhia Aérea Internacional Paquistanesa podia sobrevoar a União Europeia. Foi então que a companhia tentou renovar a sua frota, comprando sete Airbus A320-200 que pertenciam à ALAFCO, companhia com sede no Kuwait. Mas o acordo com cancelado em 2009.
Em julho de 2014, nova tensão entre a Comissão Europeia e a PIA: alegando “preocupações com a segurança” expressas pelo Reino Unido, os voos com carga da companhia paquistanesa voltaram a ser interditas na Europa. O mesmo aconteceu com os Estados Unidos: era proibido receber voos diretos da PIA para território norte-americano. Todos os voos do Paquistão para os Estados Unidos tinham de fazer uma paragem na Europa para serem analisados. Esta restrição voltou a ser levantada no final de 2014.
Aqui em baixo está uma lista dos passageiros previstos para este voo. Julga-se que todos embarcaram.
https://twitter.com/masood_619/status/806491974337433600?ref_src=twsrc%5Etfw
