Os meios de comunicação gregos começaram, na manhã desta quarta-feira, uma greve de 24 horas para protestar contra as intenções dos credores de liberalizar os despedimentos e reduzir os direitos laborais.

A paralisação desta quarta-feira faz parte de uma greve geral convocada para quinta-feira pelos principais sindicatos do país, a terceira do ano.

Jornais, rádios e televisões optaram por antecipar o protesto para poderem noticiar a greve de quinta-feira.

Desde as 6h desta quarta-feira e até à mesma hora de quinta-feira, os sites de informação, televisões e rádios deixam de difundir informação e os jornais diários não serão publicados na quinta-feira.

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A greve acontece numa altura em que o Governo de Alexis Tsipras e representantes dos credores negoceiam uma reforma laboral crucial para concluir a avaliação do pacote de resgate do país, com pontos de vista totalmente opostos.

O Governo quer restaurar os contratos coletivos de trabalho, eliminados em 2012 no âmbito do resgate da Grécia, e cujo restabelecimento foi uma das principais promessas eleitorais de Tsipras nas eleições de 2015.

O Governo grego não aceita também as exigências dos credores de liberalizar ainda mais os despedimentos coletivos e restringir o direito à greve.

As instituições credoras, por seu lado, rejeitam o restabelecimento dos contratos coletivos de trabalho até que termine o atual programa de resgate ao país.