O parlamento do Japão ratificou esta sexta-feira o Acordo de Associação Transpacífico (TPP) para “enviar uma mensagem ao mundo” sobre a importância deste pacto comercial que o Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, já disse que vai ‘rasgar’. O Japão, a terceira economia mundial, completou assim o processo legislativo para adotar o acordo, embora o Governo tenha ainda de rever alguns regulamentos para poder entrar em vigor.

Trump considerou o TPP um “desastre potencial” para os Estados Unidos da América e prometeu retirar o país do acordo. Já o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse esta sexta-feira, ainda antes da votação no parlamento, que se o futuro do TPP “não é claro”, Tóquio entende ser “profundamente significativo enviar uma mensagem ao mundo sobre a importância económica estratégica do acordo”.

Para o TPP entrar em vigor tem de ser ratificado por um número de países que representem pelo menos 85% da economia do bloco que o assinou, pelo que tem de haver necessariamente aval dos Estados Unidos, que representam 60% do Produto Interno Bruto (PIB) dos 12 estados signatários. O Governo do Japão considera que o TPP tem potencial para impulsionar o crescimento económico.

Assinaram o TPP os EUA, Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Peru, Malásia, México, Nova Zelândia, Singapura e Vietnam. O acordo foi assinado em fevereiro e os países têm dois anos desde então para o ratificar.

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