O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou esta sexta-feira a uma “estabilidade de regime”, não dependendo de partidos ou governos em concreto, em matérias como a economia do mar, que pedem “decisões de longo prazo”.

Numa visita ao grupo ETE, ligado à economia do mar, Marcelo questionou-se sobre o porquê de não existir uma “definição de política transversal, compreensiva, de longo fôlego em relação” a algumas matérias do mar.

“Definir e executar essas políticas exige estabilidade política. A estabilidade política não é mera estabilidade governamental, é estabilidade de regime. Não vale a pena estar a inventar sobre elas divisões” desnecessárias, prosseguiu o chefe de Estado, numa intervenção perante dezenas de empresários, trabalhadores e também representantes do Governo.

E continuou: “Tudo o que é a atividade deste grupo [ETE] exige, não vamos chamar consensos de regime, mas digamos que exige uma estabilidade de regime. Que não depende do partido A ou B, do governo A ou B”.

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Tal estabilidade, vincou o Presidente da República, deve existir em matérias como a “política fiscal, política do investimento, formação, inovação e colaboração com outras instituições internacionais no domínio científico, tecnológico e financeiro”.

O grupo ETE, de capital português, integra os seis principais ramos da economia do mar – operação portuária, transporte fluvial, transporte marítimo, agentes de navegação, operação logística e reparação naval – e engloba mais de 40 empresas que se complementam entre si.

As atividades do grupo dividem-se entre cinco países: Portugal, Cabo Verde, Colômbia, Moçambique e Uruguai.

Os 80 anos da entidade assinalados esta sexta-feira marcam, diz o administrador do grupo, Luís Nagy, uma “forte aposta na internacionalização” da operação, que é expectável que represente em 2021 entre 30% e 40% do volume de negócios face aos atuais 10%.