Chocolates, roupa/calçado e livros serão os presentes mais oferecidos este Natal, com os portugueses menos pessimistas do que os restantes europeus pela primeira vez desde 2009 quanto ao poder de compra, segundo um estudo da Deloitte divulgado.

De acordo com o Estudo de Natal 2016, os centros comerciais continuam a reunir a preferência dos consumidores portugueses para realizarem as suas compras entre os dias 1 e 24 de dezembro, optando por hipermercados e supermercados apenas para compra de alimentos e brinquedos, enquanto nos outros países europeus onde o estudo foi realizado os formatos preferidos são as cadeias de retalho especializado e as lojas de rua.

Em Portugal, o gasto esperado para as épocas festivas é de cerca de 360 euros por agregado familiar, um ligeiro aumento pelo terceiro ano consecutivo, “depois de um período de queda iniciado em 2008, ano em que o consumo esperado foi de aproximadamente 640 euros por agregado familiar”, sinaliza a consultora.

No entanto, desde 2014, o consumo declarado em Portugal é superior ao consumo esperado, indiciando que as expectativas dos portugueses poderão estar a ser “demasiado conservadoras”.

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Os portugueses identificam a diminuição do rendimento disponível e a conjuntura económica como os principais motivos para limitarem o seu consumo durante a época festiva.

Em média, 12% dos inquiridos em Portugal e 10% em toda a Europa afirma não pretender comprar presentes este ano. O estudo da Deloitte avalia também a perceção dos consumidores relativamente ao estado atual da economia.

As expectativas de evolução da economia para 2017 são negativas na generalidade dos países europeus, mas em Portugal, e pela primeira vez desde 2009, os portugueses revelam-se menos pessimistas do que os europeus relativamente à evolução do seu poder de compra.

Dois terços da população portuguesa considera que o Orçamento do Estado para 2017 influenciará o seu comportamento de compra no Natal e Ano Novo.

O estudo de Natal da Deloitte foi realizado em nove países europeus, entre 12 e 24 de outubro de 2016, e incluiu 6.580 consumidores (760 consumidores em cada um dos países), com idades entre os 18 e os 75 anos. As conclusões do estudo baseiam-se em informação recolhida ‘online’ através de um questionário estruturado para uma amostra controlada de indivíduos, realizado pela Deloitte.