Cerca de meio milhão de sul-coreanos celebraram, no sábado, a destituição da presidente Park Geun-hye com vigílias à luz de velas, música, cânticos e fogo de artifício.
Wow! After massive protests, South Korea's president Park Geun-hye says she is willing to resign. https://t.co/3fYsEY5I7I pic.twitter.com/tELxOI72VP
— Occupy Wall Street (@OccupyWallStNYC) November 29, 2016
Protests in Seoul take on celebratory mood after ouster of South Korean President Park Geun-Hye pic.twitter.com/Sf5ycvH1zJ
— AFP news agency (@AFP) December 10, 2016
Enquanto uns cantavam e tocavam tambores nas ruas de Seul, outros fizeram marchas em frente à presidência, que tem sido alvo de protestos há semanas. Com cartazes, balões amarelos e bandeiras em punho, os manifestantes gritaram: “Park Geun-hye sai da casa! Sai da casa agora! Vem cá para fora e vai para a prisão!”.
Apesar do clima festivo que se vive nas ruas de Seul, as manifestações à porta da casa presidencial mostraram que os sul-coreanos ainda estão insatisfeitos e querem que Park se entregue às autoridades em vez de esperar pela decisão do Tribunal Constitucional sobre a legitimidade do impeachment. Este processo poderá demorar mais de seis meses.
Em declarações ao The Guardian, Kim Hye-in, um dos manifestantes, salientou que a destituição é apenas o primeiro passo que deve ser dado. “No dia em que Park foi destituída, nós percebemos quão fortes podemos ser juntos. Mas ainda não chegámos onde queríamos, temos de manter a união e protestar até o tribunal a suspender oficialmente do cargo”, disse Kim.
Park Geun-hye negou qualquer relação com o caso de corrupção e tráfico de influências de que está a ser acusada, por alegadamente ter ajudado a sua amiga Choi Soon-sil. Estas acusações forçaram a sua demissão do cargo de presidente da Coreia da Sul que ocupava já há quatro anos.
A Sky News conta que Park, depois da destituição, pediu desculpas pela sua negligência e pelas consequências que a amizade de longa data com Choi têm causado, embora tenha negado todas as irregularidades. Os seus poderes foram temporariamente transferidos para o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Hwang Kyo-Ahn.
Park será afastada das suas funções se, pelo menos, seis dos nove juízes do Tribunal Constitucional apoiarem a decisão de impeachment. No entanto, se seis juízes se opuserem, os poderes presidenciais de Park serão restituídos e ela poderá governar até ao final do seu mandato, em fevereiro de 2018.