O preço do petróleo está a subir para o valor mais alto de 17 meses, em resultado dos esforços dos países produtores para travar a produção. As cotações subiram quase 5% em Nova Iorque e Londres depois da Arábia Saudita ter sinalizado que iria cortar a sua produção mais do que o previamente negociado.

O ministro do petróleo da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, afirmou com “certeza absoluta” que o país, o maior produtor mundial, vai cortar substancialmente a sua produção para ficar abaixo do nível que tinha anunciado a 30 de Novembro. Nessa altura, a Arábia Saudita comprometeu-se a reduzir a produção em 1,2 milhões de barris diários.

Alguns países da OPEP (organização dos países produtores) e outros produtores como a Rússia chegaram a um acordo este fim-de-semana em Viena que poderá conduzir aos primeiros cortes na oferta global de petróleo em 15 anos. O entendimento envolve países que representam cerca de 60% da produção mundial e poderá conduzir a uma redução adicional da oferta em 558 mil barris por dia no próximo ano.

O Brent, que serve de referência a Portugal, estava a negociar nos 56,9 dólares por barril em Londres. Em Nova Iorque, o crude segue a transacionar nos 54 dólares. A valorização do petróleo já fez subir o preço dos combustíveis em Portugal em cerca de dois cêntimos por litro esta segunda-feira. Também à boleia do petróleo, as ações da Galp estão a ganhar mais de 3% na bolsa de Lisboa.

A valorização do petróleo está também a acentuar pressões inflacionistas que poderão vir a ter impacto na política dos bancos centrais. A maioria dos analistas citados pela Bloomberg antecipam que a Reserva Federal americana vá aumentar as taxas de juro na reunião que se realiza esta semana.

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