A Ordem dos Médicos propôs ao Governo a criação de um livro de reclamações para profissionais de saúde que obedeça às mesmas regras do que o Livro Amarelo que está à disposição dos utentes.

“A Ordem dos Médicos não pode deixar de verificar que persistem os problemas de grave subfinanciamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com o inevitável cortejo de consequências negativas para os doentes”, refere uma nota divulgada esta terça-feira.

A Ordem recorda que a decisão de propor ao Ministério da Saúde a criação de um livro de reclamações para profissionais de saúde foi tomada em setembro de 2015 pelo Conselho Nacional Executivo, tendo entretanto ficado parada porque se aproximava o período eleitoral e depois porque o clima político sofreu alterações.

Passado um pouco mais de um ano, embora admitindo que existe um ambiente de diálogo “mais saudável e um conjunto de decisões mais positivas do que no passado”, a Ordem dos Médicos aponta para a persistência de problemas de subfinanciamento e quer a contribuição dos profissionais para a melhora das instituições.

Assim, o livro de sugestões ou de reclamações para profissionais de saúde, eventualmente apenas em formato digital, deveria obedecer às mesmas regras e ser enviado às mesmas instituições que auditam o Livro Amarelo que está à disposição dos utentes, para que possa ser objeto de escrutínio independente.

“A Ordem dos Médicos pretende que esta proposta seja entendida como uma contribuição positiva e não como uma crítica e gostaria que este livro de sugestões/reclamações se pudesse transformar num ‘livro de cabeceira’ e de melhoria contínua da qualidade de todas as instituições de saúde e do próprio Ministério da Saúde”, refere o comunicado divulgado esta terça-feira.

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