O Museu de Arte Popular, em Lisboa, vai reabrir, esta quarta-feira, o espaço expositivo renovado com a inauguração, às 18h30, da mostra “Da Fotografia ao Azulejo”, com base numa pesquisa do investigador espanhol Jose Luis Mingote Calderon, em Portugal.

Contactada pela agência Lusa sobre a reabertura dos espaços de exposição do Museu de Arte Popular (MAP), encerrado parcialmente há cerca de cinco anos, fonte da Direção-geral do Património Cultural (DGPC) indicou que o museu vai iniciar um novo ciclo expositivo, “na sequência de obras de renovação no interior”.

Inaugurado em 1948, o MAP nasceu da reformulação do antigo pavilhão da “Secção da Vida Popular” criado para a Exposição do Mundo Português de 1940, em Belém, com projeto da autoria dos arquitetos António Reis Camelo e João Simões.

Chegou a estar totalmente encerrado entre 2008 e 2010, ano em que reabriu com uma exposição sobre a identidade temática e o trajeto histórico do museu, intitulada “Os Construtores do MAP – Um Museu em Construção”, e, mais tarde, foram encerradas várias áreas expositivas, devido a infiltrações.

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Acolheu também, em 2014, em parte do seu espaço, um ciclo de exposições de artistas contemporâneos, entre os quais Pedro Valdez Cardoso, Vasco Araújo, Ana Pérez-Quiroga e Miguel Palma.

Desde o final desse ciclo, apenas a zona da receção, onde também está instalada a loja do museu, com pinturas murais no interior, tem estado aberta aos visitantes.

O seu acervo, que ascende a cerca de 12 mil peças de atividades artesanais populares, da cerâmica, a brinquedos e cestaria, encontra-se no Museu Nacional de Etnologia, também em Lisboa, ao qual está vinculado.

Esta mostra, segundo a DGPC, constitui o culminar da pesquisa de Jose Luis Mingote Calderon, conservador da Coleção Europeia do Museu Nacional de Antropologia de Madrid, que, ao longo de diversos anos, desenvolveu pesquisa de terreno em Portugal.