A revista British Medical Journal (BMJ) elabora todos os anos uma lista dos estudos mais peculiares de cada ano e 2016 teve direito ao seu top 3 daqueles que nunca imaginámos serem feitos. O El Pais deu-os a conhecer.

O Pai Natal não é justo

O mais comum e lógico é acreditar que o Pai Natal traz presentes a quem se porta bem, castigando as crianças mais traquinas. No entanto um estudo — realizado por investigadores das universidades de Harvard, Edimburgo e Londres — mostra que o Pai Natal não é tão justo e generoso como aparenta e que distribui menos prendas entre os mais pobres.

É o primeiro estudo que desmente o mito de que o Pai Natal visita as crianças em função do seu comportamento e sugere que a situação económica desempenha um papel mais importante.

Os investigadores observaram as visitas do Pai Natal às unidades de pediatria dos hospitais ingleses, durante o Natal de 2015, e aperceberam-se que o Pai Natal visita menor número de hospitais em zonas desfavorecidas, que não são necessariamente zonas onde as crianças têm pior comportamento. É assustador, mas o Pai Natal pode prejudicar os mais desfavorecidos e os investigadores ironizam que a divulgação do estudo pode até conduzir a um aumento do mau comportamento das crianças durante o Natal.

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Os espargos intensificam o cheiro da urina

O segundo estudo, indicado pelo BMJ, dá conta de um assunto já antigo. Em 1781, Benjamim Franklin assegurou que “alguns talos de espargos conferem à urina um odor desagradável”. Os investigadores da escola de Saúde Pública de Harvard não o podem assegurar, uma vez que entrevistaram cerca de 7.000 pessoas sobre o assunto — a peculiar relação entre os espargos e o odor da urina — e apenas 40% reconheceram uma alteração no odor depois de comerem espargos.

O Pokémon Go não faz milagres ao sedentarismo

O último estudo é sobre um tópico mais recente: o jogo Pokémon Go, uma verdadeira “febre” para os amantes de videojogos e da saga japonesa. O jogo consiste em capturar pokémons espalhados por toda a parte, o que obriga os jogadores a sair de casa e a caminhar durante horas (ou fazer batota e ir de carro).

Mas um grupo de investigadores seguiu mais de 1.000 jogadores e chegou à conclusão que o poder do jogo no combate ao sedentarismo é limitado. Nos primeiros três dias de jogo os jovens andam em média cerca de 11 minutos mais do que o habitual. No entanto, seis semanas depois voltam aos mesmos quilómetros (ou metros) que sempre andaram.