Perto de 7.200 migrantes morreram ou desapareceram desde o início do ano, o maior número registado até agora pela Organização Internacional para as Migrações, anunciou esta sexta-feira a OIM.

Isto representa uma média de 20 mortes por dia e o balanço total pode assim aumentar até ao final do ano em 200 a 300 mortos, alertou num comunicado a organização, criada em 1951.

O número de vítimas contabilizadas pela OIM em 2015 foi de 5.740 e em 2014 ascendeu a 5.267.

Do total de 7.189 mortos ou desaparecidos registados até quinta-feira à noite, 4.812 migrantes ou refugiados morreram ao tentar atravessar o Mediterrâneo para alcançar a Itália, Grécia, Chipre ou Espanha, precisou a OIM.

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A travessia do Mediterrâneo, utilizada por perto de 360.000 candidatos à emigração desde o início de 2016, é de longe o itinerário mais perigoso, com mais de 60% dos desaparecimentos.

De acordo com informações recebidas esta sexta-feira pela OIM, 88 pessoas estariam desaparecidas após o naufrágio, ao largo de Zawiya na Líbia, de uma embarcação que transportava 114 passageiros. As informações não foram confirmadas por fonte líbia.

A OIM indicou ainda que o número de mortes de migrantes noutros locais do mundo também aumentou em 2016, em particular no norte de África e na África austral, na América central e latina e na fronteira entre o México e os Estados Unidos.