Pelo menos 23 cidades do Norte da China estão sob alerta vermelho, devido à poluição, que obrigou ao encerramento de escolas e fábricas e cancelamento de voos, enquanto um manto de fumo cobre a região. Em Pequim, a qualidade do ar na tarde desta segunda-feira era melhor do que o previsto, com a concentração de partículas PM2.5 – as mais finas e suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões – a atingir os 250 microgramas por metro cúbico.

Trata-se de um nível nove vezes mais alto ao máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde, mas ainda assim é menos de metade do máximo registado na cidade em 2015, quando superou os 600. O alerta vermelho, o nível máximo de um sistema de quatro cores, foi emitido na sexta-feira e dura até quarta-feira, esperando-se que a poluição se agrave ao longo dos próximos dias.

Em Shijiazhuang, capital de Hebei, a província que confina com Pequim, a concentração de partículas PM2.5 atingiu esta tarde 701 microgramas por metro cúbico. Na cidade portuária de Tianjin, a 150 quilómetros da capital, mais de 180 voos foram cancelados, desde que o alerta foi emitido, segundo a televisão estatal CCTV. As autoestradas na cidade foram também encerradas.

Vários hospitais em Tianjin registaram um aumento do número de pacientes com doenças respiratórias como a asma, de acordo o jornal oficial Diário do Povo. É a primeira vez este ano que Pequim emite o alerta vermelho.

A maioria das emissões poluentes na China vem da queima do carvão, que sobe no inverno, com o aumento da procura por aquecimento, gerando nuvens de poluição. Nos últimos anos, a poluição tornou-se uma das principais fontes de descontentamento popular na China, a par da corrupção e das crescentes desigualdades sociais.

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