O índice de Preços da Habitação (IPHab) aumentou 7,6% no 3.º trimestre, numa comparação homóloga, registado a maior subida desde o início de 2010, informou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, na comparação homóloga, os preços dos alojamentos existentes avançaram 9,1% entre julho e setembro deste ano (contra 3,7% dos novos), o que contribuiu para a “taxa mais elevada da série disponível” (com início no primeiro trimestre de 2010): o IPHab de 7,6%.

Em relação ao trimestre anterior, o índice subiu 1,3% (3,1% no trimestre precedente), com os fogos usados a aumentarem 1,7% e os novos 0,3%. Trata-se do 6.º trimestre consecutivo com variações em cadeia positivas.

As transações aumentaram 15,8% no 3.º trimestre, face ao mesmo período de 2015, para um total de 31.535 e representando cerca de 3,6 mil milhões de euros, dos quais 2,8 mil milhões correspondentes a alojamentos existentes (26.341 fogos).

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O valor da transação subiu 17,6% numa relação homóloga, mas caiu 2,7% (100 milhões de euros) comparando com o trimestre anterior.

Estes dados mostram os mais elevados registos da série, em termos de número de transações, e que continuam a ser mais as operações envolvendo alojamentos existentes desde o terceiro trimestre de 2014.

Na análise regional, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) continua, pelo 3.º trimestre consecutivo, a ultrapassar as 10 mil transações, uma situação que tinha sido verificada em 2009 e em 2010. Já o Norte verificou o mais elevado registo desde o final de 2010 (9.518 transações).

Tal como se verificou entre janeiro e maio, os Açores voltaram a ser a região com o aumento, em termos homólogos, mais expressivo na venda de alojamentos familiares (36,4%), estando a AML, Norte e Madeira a completar a lista das que crescem mais do que a média nacional de 15,8%. Do lado oposto ficou o Algarve.