A companhia aérea das Canárias Binter está disposta a integrar capital cabo-verdiano, anunciou esta terça-feira o vice-presidente da empresa, um mês após iniciar as operações domésticas em Cabo Verde.

“Estamos encantados com a possibilidade de receber sócios, tanto público como privado, na nossa companhia e neste esforço que estamos a fazer nas comunicações em Cabo Verde”, anunciou o vice-presidente da Binter, Rodolfo Nunez.

O responsável empresarial falava à imprensa, na cidade da Praia, no âmbito de uma visita de três dias que efetua ao país para manter contactos com o Governo, clientes, instituições e funcionários da companhia.

Rodolfo Nunez indicou que a ideia foi avançada pelo Governo cabo-verdiano e a Binter respondeu logo que sim à possibilidade de ter sócios cabo-verdianos.

“Queremos que a companhia faça parte da sociedade cabo-verdiana, onde viemos para ficar para sempre e pensamos que é uma boa ideia que as pessoas que formem a companhia sejam cabo-verdianas e que haja sócios cabo-verdianos”, prosseguiu.

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O vice-presidente disse que ainda não há interessados cabo-verdianos em investir na companhia aérea canarina, mas vai avançando que será um “muito bom negócio”.

Quanto à percentagem que está disposta a pôr à disposição de cabo-verdianos, Rodolfo Nunez disse que ainda é cedo para avançar, garantindo que a Binter só vai tentar conservar a maioria do capital na empresa.

Os voos domésticos da Binter Cabo Verde arrancaram no dia 12 de novembro, com a inauguração da rota Santiago – São Vicente – Sal, dois anos depois de a empresa se ter instalado no país.

A companhia arrancou a operação com um avião, mas alguns dias depois começou a operar com um segundo aparelho.

Em declarações à imprensa, diretor-geral da Binter Cabo Verde, Raul Zapico, avançou que, um mês e tal após o arranque das operações, a taxa média de ocupação ronda os 40%.

Raul Zapico adiantou que nas duas primeiras semanas em Cabo Verde a Binter transportou mais de dois mil passageiros e em dezembro prevê transportar perto de oito mil.

Em janeiro está previsto chegar ao arquipélago um terceiro avião para aumentar as ligações entre as três ilhas principais (Santiago, São Vicente e Sal) e fazer também a ligação com as ilhas menores do Maio, São Nicolau e Fogo.

Até agora, os voos entre as várias ilhas cabo-verdianas eram assegurados em exclusivo pela empresa Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).