Paulo Lalanda e Castro chegou, na tarde desta sexta-feira, a Lisboa, de onde viajou a partir da Alemanha, num avião propriedade da Octapharma, mesmo depois de se ter demitido de todas as funções que desempenhava na empresa suíça.

Paulo Lalanda e Castro, que é suspeito de corrupção e branqueamento de capitais no processo “O-negativo”, já terá comunicado, inclusive, ao Ministério Público a nova morada e mostrou-se disponível para ser ouvido já a partir de 24 de dezembro.

“Paulo Lalanda e Castro quer ser ouvido no processo da denominada ‘Operação O Negativo’, tal como por si já diversas vezes requerido, de forma a poder esclarecer cabalmente todas as questões que as autoridades judiciárias portuguesas que querem ver esclarecidas”, afirmou o seu advogado num comunicado enviado, entretanto, à Agência Lusa.

O antigo administrador da farmacêutica suíça foi detido a 14 de dezembro em, Heidelberg, na Alemanha, quando participava numa reunião da Octapharma. No entanto, acabou por ser libertado depois do juiz do tribunal de Heidelberg ter considerado que não havia fundamentos para o mandado de detenção europeu, visto que o empresário tinha enviado anteriormente diversos requerimentos para o processo a pedir para ser ouvido.

O Ministério Público deverá agora informar o empresário sobre o dia da sua audição. O gestor está disponível para ser interrogado ainda este sábado. Apesar de um mandado de captura internacional, Lalanda e Castro regressou a Portugal em liberdade, não tendo sido detido à chegada ao aeródromo de Tires.

De acordo com a SIC, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) justifica esta situação com o argumento de que não pode fazer o controlo sistemático de todos os passageiros que passam pelos aeroportos dentro do espaço Schengen.

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