A polícia chinesa deteve 11 suspeitos do despejo ilegal de 2.900 toneladas de lixo doméstico no rio Yangtzé, na província de Jiangsu, num esquema que terá gerado ganhos no valor de 800.000 yuan (110.000 euros). Sacos de plástico, chinelos, preservativos e restos de vegetais surgiram a boiar nas águas do Yangtzé, o rio mais longo da Ásia, segundo imagens difundidas pela televisão estatal CCTV.

De acordo com a imprensa chinesa, que cita fontes da polícia, um dos casos ocorreu em 8 de dezembro, quando mais de 900 toneladas de lixo foram despejadas na cidade de Nantong.

Em 17 de dezembro, mais 2.000 toneladas foram despejadas por dois barcos na cidade de Taicang, também na província de Jiangsu.

Segundo o jornal Global Times, duas empresas de transporte de lixo, contratadas para transportar os detritos para centrais de incineração, terão pago aos suspeitos para levar parte dos resíduos.

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O caso ilustra o impacto ambiental da rápida urbanização da China e aumento dos índices de consumo que, segundo os analistas, não são acompanhados pelo desenvolvimento de sistemas de processamento de lixo.

Xangai, a “capital” económica da China, situada na foz do rio Yangtzé, gera, em média, 20.000 toneladas de lixo doméstico por dia, segundo dados citados na imprensa oficial.

Em junho passado, mais de 22.000 toneladas de lixo foram transportadas, por oito barcos, a partir de Xangai, e despejados no lago Tai, um popular destino turístico na cidade de Suzhou, também na província de Jiangsu.