Apesar da determinação que a startup de capitais chineses, sedeada em Los Angeles, tem vindo a revelar, continuam os reveses envolvendo a Faraday Future (FF), que tem agendada a apresentação oficial do seu modelo inaugural, já para dentro de sensivelmente de duas semanas, no Consumer Electronics Show (CES) de Las Vegas.

Segundo avança o The Verge, a FF acaba de perder dois dos seus executivos de topo, mais concretamente o director de Marca e Responsável Comercial, Marco Mattiaci, e o responsável máximo para o Marketing de Produto, Joerg Sommer, ambos ingressados na marca há menos de um ano.

Mattiaci, ex-presidente e CEO da Ferrari América do Norte e Ferrari Ásia Pacífico, esteve na FF apenas sete meses, durante os quais terá tentado, segundo alguns observadores, corrigir muitos dos erros financeiros cometidos ao longo do percurso pelos responsáveis da startup. Já Sommer, havia ingressado no projecto apenas três meses antes de Mattiaci, depois de ter trabalhado em fabricantes como a Volkswagen, Daimler, Opel e Renault.

Rumores referem que a saída destes dois executivos terá a ver com um desejo de “apertar o cinto” por parte dos accionistas da FF, a cerca de duas semanas do lançamento do primeiro modelo do fabricante. Que, acrescente-se, será um SUV eléctrico capaz de medir forças com a referência (no mercado americano) Tesla Model X.

Tanto Mattiaci como Sommer terão recebido gordas indemnizações, além da promessa de fundos para um produto futuro. No entanto, tenha ou não a saída sido de comum acordo, a verdade é que se trata de mais um revés no percurso da FF. A qual, já no início do mês de Dezembro, havia sido abalada por notícias de que devia mais de 10 milhões de dólares (cerca de 9,5 milhões de euros) a um fornecedor (Futurius), além de cerca de 100 mil euros em rendas a uma imobiliária norte-americana, a Beim Maple Properties.

Estas alegadas dívidas acabaram por dar origem a outras notícias, segundo as quais a companhia acumulava já um total de 57 milhões de dólares de dívidas (cerca de 54,4 milhões de euros), razão pela qual tinha sido obrigada a parar com a construção da sua fábrica no Nevada, EUA.

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