Pelo menos 11 civis e 14 combatentes Huthis morreram em dois dias de bombardeamentos no Iémen, país em guerra há quase dois anos, indicaram esta segunda-feira fontes lealistas e rebeldes.

Um ataque aéreo da coligação árabe dirigida pela Arábia Saudita contra uma coluna de três veículos em Mariss, na província de Dhaleh (sul), resultou na morte de cinco rebeldes Huthis, indicou um responsável militar. A mesma fonte realçou que um dos veículos transportava armas.

Por outro lado, seis rebeldes foram mortos num ataque semelhante em al-Makhdara, na província de Marib (centro). Um outro responsável militar informou que três combatentes rebeldes morreram num ataque com artilharia lançado pelas forças governamentais na mesma região.

A coligação árabe (liderada pela Arábia Saudita, de maioria sunita) lançou uma campanha aérea em março de 2015 contra os rebeldes xiitas Huthis apoiados pelo Irão. A coligação defende o Presidente Abdrabuh Mansur Hadi.

No domingo, cinco elementos de uma mesma família morreram na província de Marib quando a sua casa foi atingida pelos bombardeamentos aéreos da coligação árabe, indicou uma fonte militar leal ao Presidente Hadi.

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Os rebeldes também confirmaram a morte dos cinco membros da família, especificando que o ataque aéreo decorreu em Wadi Habab, na região de Sarwah, que é uma das principais frentes de guerra entre as forças pró-Hadi e os rebeldes Huthis.

No Iémen, forças lealistas apoiadas desde março de 2015 por uma coligação militar árabe defrontam os rebeldes xiitas Huthis, que controlam uma parte do território da capital Sana (norte) enquanto grupos ‘jihadistas’ estão estacionadas no sul.

Os jihadistas da al-Qaeda e os seus rivais do grupo extremista Estado Islâmico têm-se aproveitado do conflito entre o governo e os Huthis para reforçarem a sua presença em grande parte do sul do país, tendo multiplicado nos últimos meses os atentados em Aden, onde está instalado o Governo, reconhecido internacionalmente.

A guerra no Iémen já fez mais de 7.000 mortos, cerca de metade civis, e quase 37.000 feridos em cerca de 21 meses, segundo a ONU.