Quanto o tema é a AMG, e mais ainda o seu 50º aniversário, é natural que a desportividade esteja no centro de todas as atenções. Não espanta, por isso, que a Mercedes tenha escolhido o seu superdesportivo para iniciar da melhor maneira a comemoração dos 50 anos da sua divisão desportiva, que no Salão de Detroit deu a conhecer várias e substanciais novidades, com a gama a ser agora composta por seis versões – a que se junta a variante GT3 de competição.

Desde logo, todos os elementos da família receberam uma actualização estilística, passando a ser de imediato identificáveis pela grelha Panamericana, com 15 barras verticais cromadas, ao estilo do AMG GT3, pelo novo deflector dianteiro e pelas tomadas de ar de maiores dimensões.

Também comum a todos os AMG GT passa a ser o sistema Airpanel de gestão activa do fluxo de ar, oriundo do AMG GT R. Dotado de aletas verticais no spoiler frontal, que se abrem e fecham através de um motor eléctrico em cerca de um segundo, mantêm-se fechadas quando não há necessidade de refrigeração adicional (reduzindo a resistência aerodinâmica, e sendo o ar canalizado directamente para o fundo do veículo), sendo abertas apenas quando certos componentes alcançam uma determinada temperatura, dirigindo o ar fresco para os permutadores de calor. A sua introdução motivou, ainda, a deslocação do radiador de óleo para junto do guarda-lamas, mantendo-se o radiador principal na dianteira.

A renovação do superdesportivo germânico passa, também, pelos motores. Na versão de acesso AMG GT, tanto no coupé como no roadster, o 4.0-V8 biturbo oferece, agora, 476 cv e 630 Nm (mais 14 cv e mais 30 Nm do que até aqui), enquanto que o AMG GT S vê o seu rendimento aumentar 12 cv e 20 Nm, para 522 cv e 670 Nm. Os AMG GT C, coupé e roadster, contam com 557 cv e 680 Nm, o sobredotado AMG GT R continua a impor os seus 585 cv e 700 Nm.

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Novidade substantiva, a disponibilização do inédito AMG GT C coupé, dotado, basicamente, dos mesmos argumentos apresentados pela variante roadster revelada no Salão de Paris, mas com uma nuance: para já, apenas é proposto numa série especial Edition 50, como o seu nome indica, evocativa dos 50 anos da AMG. Do seu lote de atributos fazem parte os painéis traseiros mais largos, que aumentam a largura do modelo em 57 mm face à dos AMG GT e GT S, para que esta seja idêntica à do AMG GT R. Alteração que permite a adopção de uma via traseira mais larga e a montagem de pneus de maiores dimensões, de modo a garantir maior capacidade de tracção ao eixo traseiro. O qual dispõe, igualmente, do sistema de direcção activa estreado no AMG GT R (opcional no AMG GT S), que vira ligeiramente as rodas traseiras no sentido oposto às das dianteiras até aos 100 km/h, e no mesmo sentido destas quando esta velocidade é superada.

Ainda no eixo traseiro há que referir o spoiler traseiro mais largo, que optimiza o fluxo de ar sobre a secção posterior, e o diferencial autoblocante de controlo electrónico, integrado na caixa de velocidades, já conhecido dos AMG GT S e AMG GT R. Por seu turno, a suspensão AMG Ride control conta aqui com amortecimento electrónico infinitamente variável, com ajuste independente para cada roda em função das condições do momento.

Exclusiva do AMG GT C Edition 50 é a sua dotação de equipamento de série. Disponível apenas em duas cores de carroçaria (cinza ou branca), conta com elementos pretos cromados nas saias laterais, no deflector dianteiro, na moldura do difusor traseiro e nas ponteiras de escape. Já o interior é dominado pelo contraste entre as cores preta e prata, aplicadas na pele que reveste os bancos, no volante (em microfibra preta com costuras contrastantes em prata), no logótipo “Edition” colocado no volante e na marca das 12 horas do relógio (em peróla prateada). Também de série são o pacote Night Vision (inclui braços do volante, patilhas de comando da caixa e painéis interiores das portas em preto), os cintos de segurança prateados com aplicações em preto cromado e os encostos de cabeça com o logótipo “GT Edition 50” gravado.