O vice-presidente da Samsung, Lee Jae-yong, é suspeito de estar envolvido num escândalo de corrupção sul-coreano, que também envolve a presidente Park Geun. A empresa está a ser acusada de dar donativos a organizações não-governamentais geridas por Choi Soon-sil, a confidente de Park Geun que foi detida preventivamente em novembro. Em troca, recebeu apoio político para uma fusão controversa de um dos braços do grupo, a Samsung C&T, com outra empresa, a Cheil Industries, conta a BBC.

O herdeiro da tecnológica vai ser interrogado pelas autoridades na quinta-feira. Lee Jae-yong tem estado a liderar a tecnológica desde que o pai, que é o presidente, sofreu um ataque cardíaco em 2014. Em dezembro, o herdeiro foi ao Parlamento prestar declarações sobre os donativos de cerca de 16,5 milhões de euros que fez às fundações, mas negou ter sido em troca de favores políticos.

A Samsung recusou-se a fazer comentários sobre este assunto, mas a BBC avança que houve outros colaboradores da tecnológica a serem ouvidos pelas autoridades durante a semana, mas apenas como testemunhas. Além dos donativos, Lee Jae-yong terá dado um cavalo e dinheiro à filha de Choi Soon-sil, mas acrescentou mais tarde que estava arrependido.

Choi e Park são amigas há cerca de 40 anos e , de acordo a investigação, Choi terá alegadamente exercido influência sobre a Presidente sul-coreana durante vários anos. As suspeitas levaram a que, a 9 de dezembro, os deputados da Coreia do Sul aprovassem a destituição de Park Geun-hye. A 29 de novembro, a presidente já tinha anunciado que queria abandonar o cargo. Foi a primeira mulher a assumir a presidência da Coreia do Sul.

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