Israel assinalou neste domingo que a cimeira de Paris sobre o Médio Oriente, que renovou o apoio a uma solução a dois estados para o conflito israelo-palestiniano, está longe das perspetivas de paz. “A cimeira internacional [hoje realizada em Paris] e as resoluções da ONU não fazem mais do que afastar as perspetivas de paz, uma vez que encorajam os palestinianos a recusarem as discussões diretas com Israel”, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, em comunicado.

“Se os estados reunidos em Paris querem verdadeiramente que [o processo de] paz avance, devem fazer pressão sobre [o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas,] para que aceite o convite de Netanyahu [primeiro-ministro israelita] para negociações diretas”, sustenta o ministério. A nota acrescenta que a cimeira de Paris, marcada pela ausência de Israel e Palestina, é uma “tentativa artificial de pessoas fora do Médio Oriente para ditarem soluções às pessoas do Médio Oriente, de que devem viver com as suas repercussões”.

Israel assume Jerusalém como a sua capital indivisível, que inclui o Leste de Jerusalém, parte palestiniana da cidade ocupada por Israel em 1967 e anexada em 1980, e onde os palestinianos querem estabelecer a capital do Estado da Palestina. A ONU considera ilegal a ocupação e a anexação do Leste de Jerusalém por Israel. O processo de paz israelo-palestiniano está em ‘ponto morto’ há mais de dois anos.

A Autoridade Palestiniana, ao contrário de Israel, congratulou-se hoje com as conclusões da cimeira de Paris, onde estiveram representados mais de 70 países.

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