O Departamento Central de Investigação e Ação Penal do Ministério Público (MP) decidiu arquivar o processo “Afinsa”, avança o JN na edição desta segunda-feira. Dez anos após o escândalo que deu origem a centenas de queixas em Portugal por burla na compra de selos que, alegadamente, teriam juros superiores aos oferecidos pelos bancos em depósitos a prazo, o processo não vai conhecer culpados em Portugal.

Segundo o diário, no entendimento do procurador titular do caso o facto de os principais administradores do grupo Afinsa terem sido julgados e condenados em Espanha, em julho passado, impede que a justiça portuguesa os leve a julgamento.

Para o Ministério Público os interesses dos lesados portugueses foram acautelados junto da justiça espanhola. Os três principais arguidos foram condenados a indemnizar os lesados. Recorde-se que um dos fundadores do grupo Afinsa, o português Albertino Figueiredo foi punido, em Espanha, com 11 anos de prisão. Continua em liberdade, uma vez que recorreu da decisão.

A fraude atingiu 192 mil lesados e estima-se que em Portugal tenham existido cerca de 12 mil investidores.

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