Terminou o drama da circulação de matrículas pares num dia, para no dia seguinte serem exclusivamente as ímpares a poder entrar em Paris, medida destinada a reduzir o teor de poluentes na atmosfera da capital francesa. Mas se pensa que a situação melhorou, olhe que não. É que, com o novo sistema, as motos matriculadas antes do ano 2000 e os automóveis anteriores a 1997 vão ser proibidos de se deslocar aos dias de semana. E, em Julho, passam a estar banidos os veículos de passageiros diesel e os comerciais ligeiros colocados ao serviço antes de 2001. Com a promessa de, no próximo ano e em 2020, as restrições sofrerem um novo aperto.

A qualidade do ar vai continuar a ser monitorizada e, sempre que forem excedidos os limites de segurança para a saúde pública – o que tem vindo a ser recorrente nos últimos tempos, na capital e não só –, as autoridades vão tentar reduzir o número de veículos. E, se até aqui apenas o podiam fazer eliminando as matrículas pares ou ímpares, o que impedia a circulação de metade dos veículos, a partir de agora e com a introdução da vinheta ecológica, vai ser colocada em prática outra solução, que promete afastar os carros mais antigos (de classe mais alta) e, logo, mais poluentes.

A nova vinheta dá pelo nome Crit’Air e é introduzida em França 13 anos após o desaparecimento da Vinheta Verde, a sua antecessora. E vão existir não um, mas vários dísticos Crit’Air. Confira na fotogaleria as novas regras e as diferentes classes de veículos:

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Todos os restantes veículos, de passageiros ou comerciais, produzidos antes de 1997, estão proibidos de circular aos dias de semana, entre as 08h00 e as 20h00, e sempre que a qualidade do ar assim o aconselhe. E se pensa que os carros e as motos de colecção, obviamente anteriores a 1997, não são abrangidos por esta medida – por serem em número reduzido e terem um valor histórico – desengane-se, pois o futuro promete ser cada vez mais negro. E mesmo se é português e não habita em Paris, é aconselhável seguir com atenção o que as autoridades francesas preparam para os seus habitantes pois, mais cedo ou mais tarde, o mesmo acontecerá nas principais cidades portuguesas. A começar por Lisboa.

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