A construção de um novo edifício do Instituto Português de Oncologia (IPO) em Lisboa vai permitir aumentar de 6.000 para 7.500 os novos doentes que esta unidade recebe anualmente, anunciou, esta segunda-feira, o administrador da instituição. Francisco Ramos falava aos jornalistas no final da cerimónia de assinatura de um protocolo entre este IPO e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) para a construção de um edifício, que ficará localizado na Praça de Espanha e deverá entrar em funcionamento em 2019.

Segundo Francisco Ramos, o novo edifício irá permitir o atendimento de mais 1.500 novos doentes por ano, os quais poderão realizar os seus exames e tratamentos num só espaço e “com mais conforto”. “O que vai mudar é sobretudo o conforto das pessoas, que vão encontrar num único edifício a resposta a 90% do motivo das suas deslocações”, adiantou.

Isto porque entre 85 e 90% das consultas do IPO passarão a ter resposta neste edifício, cuja obra está orçada em 30 milhões de euros, dos quais apenas um terço sairá dos cofres do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O novo edifício vai ainda aumentar o número de gabinetes de consulta, de 90 para 120 e reunir 15 salas para tratamento endoscópico.

O presidente da CML, subscritor do protocolo, sublinhou que “este é o maior investimento público no SNS nas últimas décadas na cidade de Lisboa”. Trata-se de um “investimento da maior importância que vai tratar mais e melhor os doentes: vamos ter mais e melhor IPO por muito mais tempo em Lisboa”, adiantou.

Fernando Medina anunciou que a autarquia vai aproveitar esta circunstância para “reorganizar este espaço, dando mais condições ao IPO na ligação à Praça de Espanha”.

Na cerimónia, o ministro da Saúde falou do lançamento do polo hospitalar do Seixal (Hospital Garcia da Orta) e de Sintra (Hospital Amadora-Sintra), os quais deverão entrar em funcionamento no final da legislatura. Nessa altura, adiantou Adalberto Campos Fernandes, deverá estar já a fazer o seu caminho e a ver o céu o futuro Hospital de Lisboa oriental. O ministro manifestou ainda a intenção de “acabar com os centros de saúde em prédios de habitação” e anunciou que vão ser construídos mais de 65 centros de saúde em todo o país.

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