O ministro da Saúde reconheceu esta segunda-feira que os profissionais de saúde têm sido “uns heróis” na resposta à epidemia de gripe e sublinhou que a mesma em outros países com menos constrangimentos financeiros não é tão boa. Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas no final da assinatura de um protocolo entre o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) para a construção de um novo edifício na Praça De Espanha.

“Felizmente, o ‘pico’ já não existe. Estamos numa fase de aplanamento da condição epidémica”, afirmou, lembrando que o internamento é muito e alertando para o aumento do frio previsto para esta semana.

Sobre a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à epidemia de gripe, o ministro explicou que existem atualmente 100 pontos de atendimento hospitalar em urgência e mais de 200 centros de saúde abertos. “Os profissionais têm sido heróis. E tem sido com estes profissionais que temos estado muito melhor do que outros países”, referiu. O ministro reconheceu que o sistema está “no limite da sua capacidade”, mas “a reagir”.

Sobre eventuais faltas de médicos, Adalberto Campos Fernandes disse que o ano de 2016 fechou “com o maior número de médicos de família colocados” e que nunca foram tão poucos os portugueses sem médico de família, que não deverão existir até final da legislatura. O Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, divulgado quinta-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), referiu que a atividade gripal manteve-se moderada, com tendência estável.

A taxa de incidência registada, entre 02 e 08 de janeiro, foi de 82,4 casos por cem mil habitantes, o que indica “uma atividade gripal de intensidade moderada, com tendência estável”. Tal como na última semana de dezembro, na primeira semana de janeiro a mortalidade “por todas as causas” teve valores “acima do esperado”.

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