Uma família portuguesa foi detida em flagrante delito, em Marbella, Espanha, quando tentavam vender, numa estação de autocarro, cerca de sete quilos de cavalos marinhos. O destino era a China.

O ponto de encontro era a estação rodoviária de Marbella. O material traficado resumia-se a 2.133 cavalos marinhos para tráfico. No total cerca de sete quilos distribuídos por três malas que tinham como destino a China, mas que não chegaram a embarcar. O serviço de Proteção da Natureza da Guarda Civil espanhola deteve em flagrante delito a transação entre uma família portuguesa – pai, filho e esposa do último – e um casal espanhol, oriundo de Cadiz, sul de Espanha. No total os portugueses esperavam lucrar cerca de 10 mil euros com o contrabando.

Segundo o El País, esta é a maior apreensão do género, alguma vez feita em Espanha. Caso a transação não tivesse sido intercetada pelas autoridades, a carga seguia para a China onde os cavalos marinhos são tidos como um produto afrodisíaco, utilizados para medicina tradicional.

Nunca foi provado, porém, que os cavalos marinhos têm propriedades que possam ser consideradas medicinais para o ser humano. Quem o afirma é Miguel Planas Oliver, responsável pelo grupo de Biologia e Fisiologia da Marinha no Instituto de Investigação Marinha de Vigo: “Não há estudos científicos que demonstrem que os cavalos marinhos tenham propriedades de qualquer tipo”. Apesar de nada ser provado nesse aspeto, por ano “estima-se que 23 milhões de cavalos-marinhos sejam capturados” com destino à China.

A espécie está já em perigo em algumas zonas do mundo. Os cinco detidos estão acusados de “delito contra a fauna e flora e tráfico ilegal de espécies ameaçadas”, afirmou o sargento do serviço de Proteção da Natureza da Guarda Civil de Málaga, Carlos Paja, responsável pela operação.

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