Pelo menos três pessoas morreram e 236 famílias estão desalojadas na sequência das fortes chuvas que atingiram Maputo desde sábado, informou à Lusa o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) de Moçambique. “É necessário que as pessoas tenham atenção porque as chuvas vão continuar nos próximos dias”, alertou o porta-voz do INGC, Paulo Tomás, que acrescenta que estes são dados preliminares e é possível que os centros de acomodação recebam mais pessoas nos próximos dias.

As três vítimas morreram após serem arrastadas pelas águas quando circulavam num táxi ‘txopela’ (triciclos de transporte de passageiros, muito frequentes em Maputo), numa das principais avenidas da cidade, tendo sido os primeiros dois corpos encontrados logo após o incidente e o terceiro mais tarde. No total, segundo os dados do INGC, 8.254 pessoas foram afetadas pelas chuvas fortes nas cidades de Maputo e Matola e várias infraestruturas ficaram destruídas, principalmente nos bairros periféricos.

Informações avançadas pelo presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, David Simango, após uma reunião do comité de emergência da edilidade, na segunda-feira, indicam que as chuvas provocaram estragos em dois mercados, oito escolas, a destruição de 20 postes de energia, inundações de casas e a abertura de uma cratera num talude do recentemente inaugurado prolongamento da avenida Julius Nyerere, uma das principais da cidade.

De acordo com Paulo Tomás, além de Maputo, Nampula, no norte de Moçambique, e Sofala, centro do país, também foram atingidas por fortes chuvas nos últimos dias e mais de 1.400 pessoas foram afetadas nas duas províncias. “As nossas equipas de assistência estão no terreno e aguardamos por mais atualizações,” afirmou porta-voz do INGC, reiterando o apelo para maior atenção por parte dos cidadãos em todo país.

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