O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares reagiu esta tarde a facto do eurodeputado Francisco Assis ter defendido eleições antecipadas na sequência do desacordo à esquerda na TSU, reduzindo as declarações a uma sede de protagonismo do maior crítico interno de António Costa: “Se repararem ele tem sempre mais mediatismo quando critica o Governo e o seu próprio partido“. Pedro Nuno Santos, que falava antes do arranque do plenário, avisou que o acordo de esquerda “vai durar quatro anos até 2019” e que, tal como acontece desde o primeiro dia, os partidos vão conviver com “questões sobre a solidez do Governo.”

O governante não vê novidade nas declarações de Francisco Assis, já que este “defende aquilo que defendeu há um ano: o meu camarada Francisco Assis sempre defendeu que o PS desse ao PSD e ao CDS a maioria absoluta que o povo português lhes queria tirar. Não mudou. É coerente com a sua posição.”

Pedro Nuno Santos desafia ainda Assis a levar a posição aos órgãos nacionais do PS. “Espero que leve a questão à Comissão Nacional do PS, que é o espaço de debate. Lá estarei eu e muitos militantes para o fazer.” Sobre Assis, o secretário de Estado lembra ainda que “esse camarada dizia que esta solução [de Governo] está paralisada porque não permite fazer algumas reformas. É verdade. Esta solução não permite fazer as reformas que a direita queria”.

O braço de António Costa no Parlamento diz ainda que a solução política vigente tem aceitação popular: “Todos nós sabemos — e não é preciso nenhuma sondagem — que a esmagadora maioria do povo português está com esta solução e que os militantes do PS, por força de razão, ainda mais.”

Em outubro, em entrevista ao Observador, quando confrontado sobre a opinião do “socialista destacado” Francisco Assis, Pedro Nuno Santos reagiu da seguinte forma: “Isso de socialistas destacados eu só na minha concelhia, que é São João da Madeira, conseguia dizer mais cem.

Quanto ao facto do PSD votar contra a TSU, Pedro Nuno Santos acredita “aquilo que o PSD acabou de fazer foi dizer ao seu eleitorado para não confiarem em si”. E acrescentou: “Está cá o PS para isso.” O governante socialista lembra ainda que “esta questão não se colocaria se todos os partidos fossem coerentes com a sua convicção”, acrescentando que “não há nenhum português que ache que o PSD e Passos Coelho tenham agido por convicção.”

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