A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) revelou que “não foram confirmadas” as denúncias efetuadas em dezembro pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, de que doentes internados num dos serviços do Hospital dos Capuchos, em Lisboa, teriam ficado sem medicação e alimentação durante dois dias. A posição da entidade foi comunicada ao Diário de Notícias em resposta a questões colocadas pelo jornal, e a IGAS acrescentou que as conclusões da investigação que efetuou foram entregues ao gabinete do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

A Ordem dos Enfermeiros (OE) contesta a credibilidade das conclusões a que a IGAS chegou e, de acordo com o DN, declarou estranhar que esta entidade não lhe tenha solicitado a denúncia escrita que recebeu sobre o assunto. Através de um comunicado, a Ordem afirma estranhar, igualmente, que “os peritos da OE que visitaram a unidade também não tenham sido ouvidos e que não nos tenha sido solicitado o relatório dessa mesma visita”. Na sequência desta posição, o organismo que representa os enfermeiros anunciou que enviará os elementos de que dispõe para a Procuradoria-Geral da República, assim como o relatório da IGAS, e adiantou que recorrerá ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem para defender “a segurança dos doentes e a qualidade dos cuidados”.

Atualmente, está a decorrer um inquérito sob a responsabilidade do Ministério Público.

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