As agências de informação estarão a investigar as comunicações do eleito de Donald Trump para conselheiro para a Segurança Nacional, Michael Flynn, no âmbito das potenciais ligações de membros próximos de Donald Trump a responsáveis do governo russo, avança o Wall Street Journal. A investigação liderada pelo FBI – com o apoio da CIA, da NSA e do Departamento do Tesouro – estará a analisar as ligações da campanha de Donald Trump ao governo russo, que as agências de segurança acreditam que influenciou as eleições norte-americanas a favor de Donald Trump, e entre elas já estará a rever escutas a vários membros próximos de Donald Trump e as suas transações financeiras.

Os nomes conhecidos até agora tinham feito parte da campanha, como é o caso de Paul Manafort que foi diretor de campanha de Trump, ou eram membros de longa data do Partido Republicano. Agora, segundo o Wall Street Journal, Michael Flynn também estará nesse grupo de pessoas cujas comunicações estão a ser investigadas, o primeiro membro da equipa de Donald Trump na Casa Branca que se conhece que esteja a ser alvo desta investigação.

O general na reserva foi nomeado por Donald Trump para um cargo onde tem o poder de influenciar as decisões do Presidente em relação à Rússia. Nesse sentido, avança o jornal económico norte-americano, a investigação está a tentar determinar a natureza dos contactos entre Michael Flynn e os responsáveis russos, e se estes violaram a lei de alguma forma.

O jornal cita ainda um telefonema que Michael Flynn terá feito para o embaixador russo nos Estados Unidos no dia 29 de dezembro passado, dia em que a administração Obama anunciou as sanções contra a Rússia devido aos ataques informáticos que terão influenciado o resultado das eleições norte-americanas.

As agências de segurança acreditam que estes ataques foram feitos mediante ordens do Presidente russo Vladimir Putin, e dirigidos a Hillary Clinton por forma a prejudicar a candidatura presidencial da ex-secretária de Estado.

Confrontada com esta informação, uma porta-voz da Casa Branca diz que não tem conhecimento de qualquer investigação, nem de qualquer fundamento para que essa pudesse existir. Sean Spicer, o diretor de comunicações da Casa Branca, disse no início do mês que o telefonema em causa com o embaixador russo tinha como objetivo, só e apenas, de tratar da logística necessária para um encontro entre Donald Trump e o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

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