A ministra da Justiça disse esta segunda-feira no Cadaval que está disponível para dialogar com os guardas prisionais, que têm previsto para 7 e 8 de fevereiro uma greve e uma vigília para terça-feira.
A Direção Geral dos Serviços Prisionais tem estado a conversar com os sindicatos do setor. “Estamos sempre disponíveis para conversar, e penso que os senhores guardas prisionais têm essa noção, porque o Ministério da Justiça tem consciência que eles são essenciais à paz e à garantia de condições mínimas dentro dos estabelecimentos prisionais“, afirmou aos jornalistas Francisca Van Dunen, que disse desconhecer o pré-aviso de greve.
Temos conversado com as estruturas sindicais dos guardas prisionais. Temos noção das questões que estão em cima da mesa, é mais um problema de tempo”, adiantou a ministra da justiça.
A governante esclareceu que os guardas prisionais foram a classe profissional das que estão representadas no Ministério da Justiça à qual “atribuiu maior prioridade“, “no primeiro Orçamento do Estado, quer ao nível das admissões, quer ao nível do desbloqueamento de carreiras e da equiparação à PSP”.
A ministra da Justiça falava à margem da visita aos tribunais do Cadaval e do Bombarral, dois dos 20 que reabriram no início deste mês.
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) convocou uma greve geral para 7 e 8 de fevereiro e uma vigília destes profissionais junto à residência oficial do primeiro-ministro para 24 de janeiro.
Em causa, segundo um comunicado enviado pelo SNCGP, estão questões relacionadas com promoções a guarda principal, chefe e chefe principal, pagamento de subsídio de turno/noturno, “fim do trabalho escravo” e atualização da tabela remuneratória, de acordo com a equiparação à PSP.
Durante a vigília junto à residência oficial de António Costa, o SNCGP adianta que se fará acompanhar de uma viatura de apoio aos manifestantes.