O Fórum Empresarial Angola-Portugal, que decorre esta terça-feira em Luanda, vai servir para “contrariar algum clima de pessimismo que tem existido sobre o mercado angolano”, disse à Lusa o presidente da AEP – Associação Empresarial de Portugal.

“O objetivo é contrariar algum clima de pessimismo que tem existido sobre o mercado angolano, consubstanciado nos dados concretos das trocas comerciais e outros problemas que surgiram”, disse Paulo Nunes de Almeida à Lusa.

A AEP leva 17 empresas portuguesas para um conjunto de reuniões e mostras de produtos e serviços nacionais em Luanda; “tendo em conta que das 17 empresas que integram a comitiva, 70% já estão a desenvolver operações no mercado angolano, o Fórum irá ter como foco principal as parcerias entre as empresas angolanas e portuguesas na diversificação da economia de Angola”, referiu a AEP.

“Temos a expetativa que 2017 possa ser já um ano de relançamento da economia angolana, primeiro pelos ajustamentos internos, e depois porque tem havido nos últimos meses uma retoma do preço do petróleo, ainda longe do desejável para o país, mas melhor do que antes”, continuou o empresário.

O saldo favorável a Portugal relativamente às trocas comerciais com Angola desceu 34,4% entre janeiro e novembro, para 1,34 mil milhões de euros, devido à queda de 30,5% nas exportações nacionais. De acordo com os mais recentes dados da Agência para o Investimento Comércio Externo de Portugal (AICEP), a que a Lusa teve acesso, as exportações de Portugal para Angola passaram de 3,2 mil milhões de euros, de janeiro a novembro de 2015, para 2,2 mil milhões nos primeiros onze meses do ano passado.

Os números da AICEP mostram também uma redução significativa nas importações portuguesas, de 23,9%, tendo caído de 1,2 mil milhões de euros para 919 milhões no mesmo período, mas em valor absoluto é na queda das exportações que reside a principal razão para a degradação do saldo da balança comercial, que se mantém, ainda assim, positiva para Portugal.

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