Depois de desistir da aquisição da rede social no ano passado, a Google está agora a comprar unidades de programação da Twitter. No pacote das entidades adquiridas (por um preço não revelado) estão a plataforma de desenvolvimento de aplicações móveis, Fabric, e a Chrashlytics. Esta ferramenta, uma das mais populares, analisa os comportamentos das aplicações, permite monitorizar erros, detetar ameaças de segurança e, ao contrário da rede social, pode ser usada na China, onde tem como clientes a Alibaba e a Baidu.

A Fabric foi apresentada em 2014 numa conferência da Twitter, tendo desde então conquistado 580 mil utilizadores para esta tecnologia que funciona em mais de dois milhões e meio de telemóveis. Outros programas comprados foram os sistemas Digits e Fastlane. Estas alienações estão a ser encaradas pelos analistas como mais um passo no emagrecimento do universo empresarial da empresa que gere a rede social dos 14o caracteres. Nos últimos anos, e depois do regresso do antigo fundador, Jack Dorsey, a empresa enfrentou vários processos de redução de funcionários. Na primeira leva, saíram menos de 300 empregados, situação que se repetiu em novembro.

A maioria dos cortes afetou as unidades de marketing, comunicação e negócio, mas o departamento de engenharia, onde estava a Fabric, tinha sido mais poupado. Com esta venda, aligeira a sua carga salarial, mas paga um preço ao desfazer-se dos perfis que têm maior procura em Silicon Valley, os programadores. A dieta da Twitter passa ainda pelo encerramento do serviço de vídeo de seis segundos, o Vine.

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