O pai da Fórmula 1 deixou a liderança das corridas na terça-feira, mas há um plano para salvar o negócio que consagrou nomes como Michael Schumacher ou Ayrton Senna, conta o El Español. Bernie Ecclestone foi afastado da direção e substituído por Case Carey, que liderava a produtora de filmes 21st Century Fox.

Aos 86 anos, Eccleston foi despedido e o plano para a gestão da empresa passa agora por três mentes, as de Chase Carey, Sean Bratches e Ross Brawn. Objetivo: adaptar a Fórmula 1 aos gostos e necessidades do século XXI.

Europa, redes sociais e mais TV

A nova gestão da Fórmula 1 tem o olho posto no Velho Continente. Quer, por isso, revitalizar as corridas europeias e garantir a sua sobrevivência, salvaguardando que continua a agradar ao público tradicional. A Liberty Media quer “humanizar” a Fórmula 1, tornando as corridas acessíveis ao público em geral e não apenas aos mais afortunados.

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Outra das apostas da Formula 1 faz-se no digital. Os novos donos das corridas de carros querem focar-se nas redes sociais e fazer com que o espetáculo esteja à distância de um clique, aproximando os consumidores do que se passa nas pistas.

Às redes sociais, junta-se a televisão aberta, que será o “grande cavalo de batalha” da nova gestão, explica o El Español. O facto de terem ganho muito dinheiro com a venda de direitos aos canais premium (pagos) não está a compensar as perdas de audiência, dizem os gestores.

“Novas formas de fazer eventos melhores”

A venda da Fórmula 1 à Liberty Media foi oficialmente aprovada na semana passada, mas Bernie Ecclestone já se tinha mostrado descontente com a decisão de a nova gestão ter posto Chase Carey na presidência. Vai manter-se, agora, como presidente honorário.

Chase Carey disse na terça-feira que existem planos para criarem e uma nova corrida nos Estados Unidos, sem prejuízo do já existente Grande Prémio dos EUA, realizado no Texas. De acordo com a BBC, Carey quer encontrar “novas formas de fazer com que estes eventos sejam ainda maiores e melhores”.

A nova administração revelou também que existem negociações com o Governo britânico para suportar as dificuldades financeiras e manter a prova da Grã-Bretanha no calendário para lá de 2019, ano em que pode ser ativada uma cláusula de rescisão.

A Liberty Media comprou, a 23 de janeiro, os direitos do Campeonato do Mundo da Fórmula 1, por 8 mil milhões de dólares (cerca de 7,4 mil milhões de euros).