O risco de colisão entre um satélite da Agência Espacial Europeia (ESA) com lixo espacial obrigou ao planeamento, esta semana, de uma manobra rara de evasão do satélite em órbita, dá conta a CNET.
O pedaço de lixo espacial, com cerca de 15 centímetros, fazia parte de um velho satélite russo, com o nome de Cosmos-375, e apenas se prevê que o impacto, contra um dos três satélites Swarm, – programados para registar mudanças nos campos magnéticos da Terra – possa falhar pelo comprimento de um campo de futebol (que pode ir dos 90 aos 120 metros). No entanto, a margem de erro para essa previsão é à volta de um quilómetro.
Esta estratégia de planeamento tem sido desenvolvida com a ajuda de dados fornecidos pelo Centro de Operações Espaciais dos EUA e será aplicada ao satélite esta quarta-feira. Se realmente conseguirem mudar a trajetória do satélite, o pedaço de lixo irá passar ao lado, a uma distância de 746 metros, de acordo com informações oficiais do blog da ESA. “Pensamos que o planeamento desta manobra será suficiente para reduzir o risco para níveis aceitáveis”, afirmou Tim Flohrer, engenheiro aeroespacial da estação especial.
We'll post an update shortly in https://t.co/P8qVvgB8l4 on what's happening with today's #debris situation #swarmmission #swarmb
— ESA Operations (@esaoperations) January 25, 2017
Acquisition of signal! #SwarmB now in contact with mission controllers at #ESOC #swarmmission #spacedebris pic.twitter.com/dlophokQtr
— ESA Operations (@esaoperations) January 25, 2017
A maior parte do lixo espacial é composta por pedaços de satélites antigos. No ano passado, chegou a haver danos num outro satélite enviado pela Agência Espacial Europeia, o Sentinel-1A, devido à colisão com uma partícula que se deslocava a uma velocidade de cerca de 40 mil quilómetros por hora.