A fim de prestar apoio e, ao mesmo tempo, demonstrar o descontentamento com as novas medidas decididas pelo Presidente Donald Trump, Hiroshi Mikitani, diretor da multinacional japonesa Rakuten – proprietária do serviço de mensagens Viber – mostrou o seu descontentamento no Twitter e informou que as chamadas feitas entre os EUA e os sete países banidos pelo continente americano – Iraque, Síria, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen – serão completamente gratuitas a partir da próxima terça-feira.
Rakuten Group Viber will announce tomorrow free international calls from the US to all countries banned.
— 三木谷浩史 H. Mikitani (@hmikitani) January 30, 2017
Além de anunciar as chamadas gratuitas entres os países afetados, Mikitani também mostrou a sua tristeza e descontentamento perante as leis impostas por Donald Trump, que restringem a entrada nos EUA com base na religião e nacionalidade de cada pessoa.
I am very sad to see what is happening now in the US. I came to US when I was seven and I really respect big American big heart.
— 三木谷浩史 H. Mikitani (@hmikitani) January 30, 2017
But it is wrong as a human being to uniformally discriminate based on religion and nationality. We will make sure we will support our
— 三木谷浩史 H. Mikitani (@hmikitani) January 30, 2017
muslim staff members as a company and personally as well.
— 三木谷浩史 H. Mikitani (@hmikitani) January 30, 2017
É provável que o Viber não seja o único serviço a oferecer as chamadas internacionais para os países afetados mas, até ao momento, foram os únicos a anunciar tal medida. As chamadas entre utilizadores do serviço já são gratuitas (como acontece nos serviços semelhantes, como por exemplo o Skype), mas o serviço permite efetuar chamadas sem ser através da Internet, sendo essas, agora, gratuitas para estes sete países.
Até ao momento nenhuma empresa tecnológica se mostrou a favor de Donald Trump ou da proibição imposta pelo Presidente, sendo que o vice-fundador da Google e da Alphabet, Sergey Brin, foi visto no meio dos protestos que decorreram no aeroporto de São Francisco, onde o empresário disse ter estado em nome pessoal e não em representação da empresa.
Google cofounder Sergey Brin at SFO protest: "I'm here because I'm a refugee." (Photo from Matt Kang/Forbes) pic.twitter.com/GwhsSwDPLT
— Ryan Mac ???? (@RMac18) January 29, 2017
Apesar dos problemas que estão a ser causados pelo Presidente dos Estados Unidos da América, esta solução oferecida pela Viber é uma opção para manter o contacto com os familiares que se viram proibidos de entrar no continente. Esta não será uma medida permanente mas, por agora, é uma ajuda.