Marine Le Pen recusou o pedido feito pelo Parlamento Europeu para ser reembolsado em 300 mil euros, valor que corresponde a dinheiro que terá sido indevidamente utilizado para pagar o salário de Catherine Griset, a sua assistente parlamentar, anuncia a Reuters. A candidata da extrema direita às presidenciais francesas tinha até à meia-noite de terça-feira, 31 de janeiro, para devolver a quantia. No entanto, admitiu que não tinha a intenção de fazê-lo. Já o parlamento explica que, se o dinheiro não for reposto, o salário da líder da Frente Nacional (que os seus opositores dizem chegar a 11 mil euros) pode baixar para metade até perder até outros subsídios.

Le Pen revelou estar a ser vítima de vingança política. “Uma decisão unilateral tomada por adversários políticos… sem provas e sem esperar por um julgamento de ação judicial que comecei”, escreveu em comunicado. Esta medida foi imposta pela razão de se ter vindo a comprovar que Griset tinha trabalhado, entre 2011 e 2012, para a Frente Nacional – partido político francês chefiado por Marine Le Pen – e não para o parlamento.

O órgão legislativo alegou que os fundos foram utilizados indevidamente, visto que as regras dizem que devem apenas ser fornecidos a assistentes legisladores da União Europeia (UE). Segundo a Reuters, já vários legisladores da UE de outros partidos políticos têm sido investigados por despesas que não estavam em conformidade com as medidas estabelecidas. No entanto, a maioria concordou em reembolsar o dinheiro desviado.

Marine Le Pen é uma das candidatas às presidenciais de França, que se realizam entre abril e maio, e a última sondagem aponta para uma grande probabilidade de sair vencedora da primeira volta, a 23 de abril, com cerca de 25% dos votos.

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