A primeira experiência, claramente de sucesso, aconteceu com o icónico McLaren F1, cujo V12 de 6,1 litros seria o fruto de uma então inesperada parceria entre a alemã BMW e a marca britânica de superdesportivos. Passados alguns anos, esta “associação” volta a repetir-se, embora agora com uma ambição bem maior: fabricar não apenas um único motor, mas antes criar “uma nova tecnologia de combustão”, capaz de “oferecer maior rendimento”.

O anúncio foi feito, com estas mesmas palavras, através de um comunicado divulgado pela McLaren, em que o fabricante britânico assume estar focado no desenvolvimento tecnológico dos seus futuros propulsores. Processo em que, revela igualmente, conta com o contributo e know-how da germânica BMW.

No mesmo curto comunicado, a marca de Woking não só avança que as futuras motorizações trarão uma redução nas emissões de CO2, como também garante que a tecnologia utilizada para esse efeito manter-se-á apenas e só nos próximos modelos McLaren. Afirmação que, desde logo, acaba por levantar questões quanto àquele que será o papel da marca da hélice em toda esta estória…

De resto, importa não esquecer os esforços que a BMW tem vindo a desenvolver nos últimos tempos, em domínios como a propulsão híbrida plug-in ou a tecnologia de injecção a água, já presente no BMW M4 GTS.

Quanto à nova tecnologia que a McLaren agora anuncia, tudo aponta para os contributos externos não provenham apenas da BMW, mas surjam também de outras entidades, como a Ricardo, empresa actualmente responsável pelo fornecimento dos motores V8 ao fabricante britânico; da Grainger e Worral, especialistas em fundição e mecanização de peças; da Lentus Composites; ou até mesmo da Universidade de Bath. Todas elas com um papel importante na investigação e desenvolvimento de soluções capazes de garantir maior eficiência aos motores de combustão interna. Domínio para o qual tem vindo a contribuir, através de apoio financeiro, o próprio Governo britânico.

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