A Mitsubishi acaba de dar a conhecer os seus resultados relativos ao último trimestre de 2016 (o terceiro do ano fiscal japonês). E as notícias não são as melhores para os accionistas da marca dos três diamantes.

A 31 de Dezembro do ano passado, a marca japonesa registou uma quebra de 81% do seu resultado operacional, resultado de um retrocesso das vendas, das perdas cambiais e dos custos derivados do escândalo que eclodiu na sequência do anúncio de falsos dados de consumos para alguns dos seus modelos. O resultado operacional da Mitsubishi neste período passou, assim, de 347 milhões de euros, no último trimestre de 2015, para os 67 milhões de euros registados em igual período do ano passado.

A receita caiu 19%, para 3,8 mil milhões de euros, devido a uma quebra das vendas a nível global de 11%, para 237 mil veículos vendidos nos últimos três meses de 2016. De registar que as vendas da marca baixaram em todas as regiões excepto no mercado interno, em que registaram uma ligeira evolução positiva, e na América do Norte, onde se mantiveram praticamente inalteradas face ao ano anterior.

Para estes dados contribuíram, igualmente, de forma decisiva, os custos cambiais (209 milhões de dólares) e a multa de cerca de 60 milhões de euros que a Mitsubishi foi obrigada a pagar para cobrir os custos resultantes de ter publicitado valores incorrectos para alguns dos seus modelos à venda no Japão.

Ainda assim, o vice-presidente da Mitsubishi com o pelouro financeiro, Koji Ikeya, na apresentação destes resultados, salientou que a marca está já a adoptar algumas das linhas de gestão fundamentais definidas pela Nissan (que desde final do ano passado controla 34% da Mitsubishi), as quais terão contribuído de forma positiva para os lucros que, de qualquer dos modos, não deixaram de surgir neste trimestre.

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