O Presidente da República defendeu esta sexta-feira a necessidade de as instituições europeias reconhecerem que “Portugal está a dar passos” na redução do défice orçamental e na consolidação do sistema financeiro. Marcelo Rebelo de Sousa, que falava esta sexta-feira aos jornalistas à entrada para um almoço em casa de um casal de antigos sem-abrigo, em Lisboa, apontou as “boas notícias” hoje conhecidas como a confirmação pela UTAO [Unidade Técnica de Apoio Orçamental] da “evolução favorável do défice” e a manutenção do ‘rating’ pela agência Fitch.

A agência Fitch revela esta tarde, após o fecho dos mercados, a sua atualização ao rating de Portugal. No cumprimento das regras europeias, a agência apenas pode divulgar esta informação ao mercado em sextas-feiras pré-agendadas, depois de os mercados estarem fechados. No entanto, os visados (neste caso, o Governo português), são informados da decisão com alguma antecipação mas não é suposto que a informação seja tornada pública antes do tempo.

“A UTAO já reconhece que o défice, nos cálculos dela, já vai em 2,6%, mas admite que lhe faltam elementos e não conta com algumas das que chama medidas extraordinárias e que provavelmente não são. O que quer dizer que, pouco a pouco, nos vamos aproximando daquilo que vai acabar por ser o défice à volta de 2,3% ou um bocadinho abaixo. Isso é boa notícia”, defendeu.

Segundo o Presidente da República, “a segunda boa notícia é que a agência Fitch mantém o rating de Portugal, à espera das decisões das instituições europeias”, verificando-se que “em três pontos está a haver uma evolução que é positiva”, como é o caso do saldo primário, da balança de pagamentos nas relações com o exterior e do crescimento económico.

“É preciso confirmar estes números nos próximos meses e é preciso que as instituições europeias, olhando para isso e para a evolução do sistema financeiro, reconheçam que Portugal está a dar passos”, sublinhou.

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