A empresa pública Parparticipadas (uma das que ficou com ativos do ex-BPN) acordou a venda do BPN Participações Brasil a uma empresa brasileira por cerca de 13 milhões de euros, disse em comunicado ao mercado esta segunda-feira.

Segundo a mesma nota, o acordo destina-se à venda à Crefipar da totalidade dos 93,65% que detém da BPN Participações Brasil, a ‘holding’ que é a dona do Banco BPN Brasil.

“O valor da transação corresponderá ao valor dos capitais próprios nessa data, acrescido de um ágio de 2 milhões de euros, sendo o valor de referência dos capitais próprios (de 30 de novembro de 2016) de 11,03 milhões de euros”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Para o negócio ser concretizado faltam ainda as autorizações regulamentares, nomeadamente do Banco Central do Brasil.

A venda do BPN Brasil já esteve para ser feita ao Banco BIC (que comprou a operação bancária do BPN em Portugal), mas acabou por ser chumbada pelo banco central brasileiro.

Segundo a Parpaticipadas, com esta alienação é dada “continuidade ao processo de venda das participações sociais que foram transferidas do Banco Português de Negócios para o Estado em fevereiro de 2012”.

O Banco Português de Negócios (BPN) foi nacionalizado em 2008, tendo sido a primeira nacionalização em Portugal depois de 1975.

Quatro anos depois de ter sido posto sob a gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BPN foi vendido ao Banco BIC Português, entidade de capitais luso-angolanos, por 40 milhões de euros, enquanto outros ativos que pertenciam ao banco (nomeadamente ativos ‘tóxicos) ficaram em sociedades criadas propositadamente para os absorver (Parvalorem, Parparticipadas e Parups).

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