Se estiver a andar no metro de Madrid e vir revisores a fechar as portas da carruagem tentando colocar todos os passageiros dentro da carruagem e em segurança não estranhe nem pense que existe alguma avaria. São apenas os “empurradores” do metro a desempenhar as suas funções, dá conta o El Mundo. Esta medida, que visa, sobretudo, a segurança dos passageiros e a prevenção de enchentes nas horas de ponta, surgiu depois do anúncio de que uma das linhas do metro madrileno iria fechar para obras, o que tem obrigado a maior parte das pessoas a usar outra linha como alternativa. Resultado: congestionamento total.

Estima-se que a cada minuto entrem, em hora de ponta – desde pouco antes das 8h da manhã até às 9h – mais de 100 passageiros no metro. Perante esta situação, ouvem-se constantemente, nos altifalantes, avisos para que os viajantes se distribuam ao longo da plataforma para facilitar a entrada de pessoas nas carruagens. No entanto, a chegada dos “empurradores” a Madrid parece ter contribuído para melhorar o caos: primeiro, observam a chegada dos passageiros para ver onde é que eles se posicionam (de modo a saber, mais ou menos, onde vão entrar); depois, encarregam-se de arranjar lugar para a toda a gente e, por fim, ajudam a fechar as portas do comboio.

“Eu vim só para ver como é que era possível por tanta gente no comboio, porque elas não cabiam”, admitiu um passageiro habitual do metro, acrescentando que quando chegava à estação não só não podia apanhar a primeira carruagem, como tinha de esperar pelo próximo metro.

Contudo, esta experiência não é nova. Já em 2007, o metro de Madrid encarregou os seus seguranças e trabalhadores a realizar esta mesma tarefa numa outra linha que sofria constantemente várias avarias.

Também em Tóquio foi adotada esta técnica: a grande diferença é que os “empurradores” japoneses não são tão amáveis como os madrilenos, que optam por fazer jus ao nome e empurram mesmo as pessoas para dentro da carruagem.

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