Pequim reduziu as perspetivas de um conflito com os EUA por causa do Mar do Sul da China, no seguimento de uma retórica agressiva do Governo norte-americano, dizendo que ambos os lados sairiam perdedores. A China reclama a soberania sobre a quase totalidade da região rica em recursos, apesar das queixas e reivindicações dos seus vizinhos do sudeste asiático, e rapidamente construiu ilhas artificiais capazes de receberem aviões militares.

As ilhas artificiais são consideradas um potencial foco de conflito, segundo comentários recentes do porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, e do secretário de Estado, Rex Tillerson. Mas o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, disse, durante uma visita à Austrália, que a guerra não iria aproveitar a ninguém. “Qualquer político no seu juízo perfeito reconhece que não pode haver um conflito entre a China e os EUA”, disse em Camberra, através de um intérprete, ao fim de terça-feira, noticiou a Australian Broadcasting Corporation. “Ambos os lados perderiam e nenhum deles pode permitir isso”, insistiu.

Em janeiro, Spicer disse que os EUA “iriam certificar-se de que os seus interesses eram protegidos” no Mar do Sul da China, enquanto Tillerson afirmou que o acesso da China às ilhas poderia ser bloqueado, elevando as possibilidades de um confronto militar.

Wang adiantou que as relações sino-norte-americanas têm sofrido “todas a espécie de dificuldades” ao longo de décadas e apontou para declarações mais recentes do secretário da Defesa, James Mattis, que salientou a importância de dar prioridade aos esforços diplomáticos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR