O apoio à economia social faz parte do ADN do Montepio. “É a nossa vocação. Desde sempre, tem sido um elemento central da nossa atividade”, revela João Lopes Raimundo, administrador da Caixa Económica Montepio Geral, com o pelouro da economia social.

O banco é conhecido pelo apoio que dá a projetos na área de empreendedorismo e inovação social. “São essenciais para a revitalização económica do país e uma das melhores formas de contribuir para criação de valor na nossa sociedade”, assinala o responsável.

A título de exemplo, o Montepio é o primeiro banco em Portugal a “tornar-se investidor em Títulos de Impacto Social, assumindo-se como um parceiro transversal e motivado, que oferece a sua experiência e conhecimento neste território. A aposta está em projetos de empreendedorismo com foco na inovação social, que possam criar impacto significativo, o que se traduz na melhoria da sociedade”, acrescenta.

O apoio em concreto tem vindo a ganhar forma ajudando a reforçar o posicionamento do Montepio enquanto Banco de Economia Social. Um dos pilares desta estratégia está ligado ao apoio de empresas e empreendedores portugueses que o banco quer ajudar a crescer a ter impacto mundial. “Para nós, as startups são um motor de inovação e de crescimento económico, de competitividade e de emprego qualificado e acreditamos que as que se dedicam à economia social têm ainda outra mais-valia: a capacidade de resolver problemas ou melhorar a forma como as sociedades vivem, aos mais diferentes níveis”.

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Torna-se então natural o alinhamento entre a atividade do Montepio e do Impact Hub, uma rede global que se assume como um laboratório de inovação, incubador de negócios e centro comunitário, presente em 80 cidades, 50 países (incluindo Portugal), e com 15 mil entidades envolvidas. “A parceria com o Impact Hub, incubadora social internacional altamente respeitada e com um historial muito rico de casos de sucesso, é um pilar estratégico que visa reforçar a ligação e a proximidade do Montepio à comunidade de empreendedores de impacto”, explica João Lopes Raimundo.

Acreditar no empreendedorismo social

O empreendedorismo social é uma área que tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos e um elevado reconhecimento em Portugal. “São cada vez mais os jovens que inscrevem as suas ideias e projetos em programas/concursos que lhes sirvam de alavanca para a entrada no mercado. É importante dar a oportunidade a uma nova geração de empreendedores que acredita no seu país e que quer participar na mudança e crescimento da sociedade, através de ideias guiadas para a inovação e com contributo significativo nas mais variadas áreas. Para além das valências técnicas e profissionais é também importante que os jovens detenham competências sociais que os permitam aproveitar as oportunidades e criar parcerias rentáveis”, defende o administrador.

João Raimundo, administrador da Caixa Económica Montepio Geral / D.R.

Um dos exemplos desses concursos é o reconhecido Programa Acredita Portugal, o maior concurso de empreendedorismo a nível nacional, e o segundo maior do mundo, que tem como objetivo premiar os melhores projetos e ensinar todos os portugueses no desenvolvimento das suas ideias. “Faz todo o sentido para o Montepio associar-se a esta iniciativa com grande reconhecimento na área do empreendedorismo em Portugal por onde já passaram milhares de negócios”, sublinha João Lopes Raimundo.

A edição deste ano do concurso “Montepio Acredita Portugal” recebeu cerca de 13 mil candidaturas, das quais mais de 500 na categoria de empreendedorismo social. É objetivo do banco “capitalizar, o mais possível, esta parceria que assenta na criação do Prémio Montepio na categoria de Empreendedorismo Social e que terá como parceiro o Impact Hub Lisbon, que permitirá uma incubação a todos os finalistas deste grupo por um período de seis meses”.

O Impact Hub e o Acredita Portugal são algumas das parcerias em curso consideradas vitais para o banco na afirmação da sua missão na comunidade de empreendedores. Destaque ainda para a parceria com o Impact Generator (programa de aceleração para projetos de impacto com potencial de Scale-Up, apoiado pela Comissão Europeia). “O Montepio é o Banco da Economia Social e do Empreendedorismo Social em Portugal. Por isso, está presente junto da comunidade empreendedora desde muito cedo, com parcerias estratégicas e políticas de apoio ao financiamento, e sempre com preocupações de apoiar a correta gestão e longevidade dos projetos”, explica João Lopes Raimundo.

O Montepio tem bem presente a importância desta área na sociedade. “O empreendedorismo social e a inovação social geram um impacto extremamente positivo, cumulativamente, no conhecimento – com a aproximação à academia e às universidades, no emprego – em particular, no emprego jovem e recém-licenciados, na inovação – que permite incorporar novas tecnologias e novas metodologias na resolução dos problemas da sociedade e na qualidade – aumento da eficácia e da eficiência nas soluções encontradas para os problemas sociais e ambientais identificados.

Em suma, o empreendedorismo social tem a capacidade de gerar um impulso e uma dinâmica positiva posicionando as startups sociais – como um elemento transversal à economia nacional – sustentáveis e capazes de resolver os desafios sociais e ambientais atuais e futuros”, acrescenta o responsável.

País de inovadores

Portugal já é um centro de inovação e empreendedorismo social de referência internacional. “Há muito boas ideias, há muita vontade de criar algo maior e trabalhar por uma causa, mas ainda há muito espaço para crescer. É preciso passar da ideia à prática, e o caminho por vezes pode ser difícil, mas é percorrendo-o que se atinge a mudança e a inovação. Portugal é um país de inovadores e o Montepio mostra-se disponível em ajudar as pequenas ideias a tornarem-se grandes e impactantes”, sublinha o responsável.

Como metas para o futuro, o Montepio quer reforçar o seu posicionamento enquanto Banco de Economia Social e o apoio a projetos de empreendedorismo social de elevado impacto e escalabilidade. “Estes objetivos concretizam-se através de diferentes perspetivas, nomeadamente enquanto Investidor Social através dos Títulos de Impacto Social mas também com a elevada expetativa na concretização dos Fundos de Investimento Social em Portugal.

Naturalmente importa não colocar em segundo plano o papel do Montepio no financiamento ao empreendedorismo e inovação social”, sublinha João Lopes Raimundo. Deste modo, não se descura a atenção aos programas de financiamento da Comissão Europeia para o Emprego e Inovação Social, em particular no microfinanciamento e no empreendedorismo social, onde podem surgir oportunidades de reforçar a oferta específica do Montepio.

“Finalmente, e não menos importante, a co-criação de uma incubadora de empreendedorismo de impacto é um pilar estratégico que reforça a ligação e a proximidade do Montepio à comunidade de empreendedores, materializando-se desta forma na participação ativa em diferentes fases dos projetos, como júri de ideias, mentor de projetos e na promoção do co-work e do networking”, esclarece o administrador.

O caminho já começou… e as startups surgirão como elementos transversais à economia social, capazes de responder a vários e exigentes desafios. O Montepio não perderá estas e outras oportunidades de vista.