José Manuel Constantino mostrou-se satisfeito por ter agregado e não separado no seu primeiro mandato como presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), mas escusou-se a nomear as federações cujo apoio não procurou. “Ao fim de quatro anos, juntámos, não dividimos. Agregámos, não separámos. Penso que a função de um Comité Olímpico é precisamente essa: procurar congregar à volta da sua ação o maior número de pessoas e de entidades”, salientou em entrevista à agência Lusa.

José Manuel Constantino, que na sua primeira candidatura à presidência do COP reuniu o apoio de 14 federações, viu a sua recandidatura subscrita por 27 das 33 federações olímpicas. “Há duas sobre as quais se desconhece o seu estado atual, que são o Basebol/Softbol e o Taekwondo, houve duas que não conseguimos contactar e houve duas que não tomámos a iniciativa de contactar, porque eram apoios que não desejávamos”, justificou, escusando-se a nomear quais seriam.

As seis federações olímpicas que não subscreveram a candidatura do atual presidente do COP às eleições de 23 de fevereiro foram as de Basebol/Softbol, Karaté, Taekwondo, Ténis, Tiro com Arco e Tiro com Armas de Caça.

O dirigente olímpico voltou a demonstrar a sua admiração perante a ausência de outros candidatos às eleições de 23 de fevereiro, que irão confirmar o seu segundo mandato à frente do COP. “Antes dos Jogos [Olímpicos] já havia manifestações de vontade, houve um conjunto de diligências junto de várias federações durante muito tempo no sentido de congregar apoios para a apresentação de uma candidatura ao COP. Portanto, foi com surpresa que constatei essa impossibilidade, porque admiti que quando foi feita essa manifestação de vontade haveria uma avaliação prévia quanto às condições da candidatura”, considerou.

Constantino assumiu que, a partir de determinado momento, percebeu que seria difícil o aparecimento de outra lista, atendendo ao número de subscritores da sua candidatura.

“Trabalhámos sempre no pressuposto que essa candidatura iria surgir, o que acho que era positivo. Porque se há ideias diferentes para governação do COP e se se entende que o atual presidente ficou aquém daquilo que era desejável e que era possível fazer mais e melhor, bom seria que essas candidaturas surgissem e se aproveitasse esta circunstância para debater projetos e pontos de vista”, concluiu.

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